Tá
legal, eu confesso!
Confesso
que, com certa frequência, ando numa velocidade superior ao limite via, para
voltar a ser um “menino comportado” na hora que aparece um radar de trânsito. O
grande problema é que vira e mexe eu dou uma bobeada, me esqueço do danado do
radar e tomo uma multa no lombo... para desespero da Mary!
É claro
que isso não serve de consolo nem de justificativa, mas uma boa parcela dos
motoristas faz exatamente o mesmo.
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| Avisar onde está o radar não ajuda a baixar a velocidade! |
Mas uma
coisa é você estar a 70km/h numa via de 60km/h como o Eixo Monumental de
Brasília, que tem 6 largas pistas, e outra é estar a 110km/h nessa mesmíssima
via. É mais ou menos o que faz um conhecido meu!
Pior
que isso, ele dirige na estrada como se estivesse sozinho e em ritmo de Fórmula
1. Só para dar uma breve noção da insanidade, ele se gaba de ter feito
Brasília/Rio, de carro, em apenas 9 horas e meia, nos tempos que ainda não
existiam radares de velocidade. Bem, como a distância entre as duas cidades é
de cerca de 1200km, isso dá uma MÉDIA de mais de 125km/h... obviamente aí
incluídas as necessárias paradas para reabastecimento. Insano, realmente
insano, uma vez que nossas estradas não são nenhuma Autobahn alemã.
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| Autobahn alemã |
Pois
esse amigo resolveu repetir esse comportamento em recente viagem à Itália,
pátria mãe de seus antepassados, adicionando aí o nosso tradicional “senta a
bota no acelerador e diminui quando aparece um radar”! Espertinho ele, não?!
Qual
não foi a sua surpresa, de volta ao Brasil, ao checar o extrato do seu cartão
de crédito! Lá estavam algumas centenas de Euros em multas por excesso de
velocidade.
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| Mapa das rodovias italianas con controle de MÉDIA DE VELOCIDADE! |
Como
era de se esperar, ele não viu vários dos radares e passou por eles bem acima
da velocidade limite.
Mas a
maior surpresa não estava aí. Lembra-se do brasileiríssimo comportamento de
“senta a bota no acelerador e diminui quando aparece um radar”?! Pois bem, como
esse comportamento não é típico apenas de brasileiro, a Itália resolveu dar um
basta e implementou o CONTROLE DE VELOCIDADE MÉDIA!!!
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| Radar de controle de velocidade média! |
Você
passa e o radar registra não apenas a sua velocidade instantânea, mas
identifica o carro e o horário daquele registro. Mais adiante, no próximo
radar, a mesmíssima coisa é feita e os dados enviados para um computador
central... que calcula a velocidade MÉDIA feita pelo carro naquele trecho. E se
ela ultrapassar a velocidade máxima permitida para a via, multa no lombo do
motorista!
Foi a
única forma de diminuir, sensivelmente, os acidentes provocados pelo excesso de
velocidade.
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| Não bobeie com a velocidade nas estradas italianas! |
Que
essa tecnologia desembarque no Brasil! E que desembarque o MAIS RÁPIDO POSSÍVEL!!!
Se você é dos que gosta de pisar fundo, leia o que diz um especialista sobre o
assunto no seguinte link http://atualidadesdodireito.com.br/iab/. O que não falta é
artigo sobre a grande tragédia do trânsito brasileiro.
Pra
finalizar, convido você a ver o clip da propaganda irlandesa contra o excesso
de velocidade. Se chama “The Faster the Speed, the Bigger the Mess” (Quanto
maior a velocidade, maior o estrago!). Realmente vale a pena ver, para
refletirmos sobre o assunto.
Postado por Alberto Moreira em 22/3/2013:
ResponderExcluirCaro Edu,
Muito boa a sua postagem, principalmente para mim que retorno à Itália agora em junho e certamente irei alugar um carro.
Vou alertar à minha copiloto Bella para que ao seguir o Guia Michelin no seu tablet fique agora atenta à velocidade média, pois como você sabe ela faz parte do seu rol de pessoas hiperativas e como tal acredita que pode contar comigo como piloto de endurance para otimizar as nossas viagens, aí você já viu né?
Não precisa divulgar, mas já que você gosta de “causos”: Lá estava eu logo após desembarcar no Aeroporto de Catânia na Sicilia indo rumo à Taormina, em plena noite, cansado, depois de voar direto de Brasília/Liboa/Roma/Catânia, quando uma Ferrari Itália ultrapassou o meu humilde Fiat 500, que já estava a 120Km/h na via cuja velocidade máxima era de 100Km/h. E ela me pergunta: por que você está dirigindo tão devagar?
Viajar é muito bom!
Abraços, Alberto.